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SOBRE O PECADO
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CATEQUESE SOBRE O PECADO

 

 

O pecado é o carrasco do bom Deus e o assassino da alma. É ele que nos arranca do Céu para nos precipitar no inferno. E nós o amamos!... Que loucura! Se pensássemos bem nisso, teríamos urn tão vivo horror do pecado que jamais o cometeríamos.

Ah, meus filhos, como somos ingratos! O bom Deus quer nos fazer felizes; com certeza Ele nos deu Sua lei para isso. A lei de Deus é grande; é ampla.

O Rei Davi dizia que encontrava nela as suas delícias, e que ela era para ele um tesouro mais precioso que as maiores riquezas. Dizia também que andava por um caminho largo, porque tinha buscado os mandamentos do Senhor.‘ O bom Deus quer nos fazer felizes, e nós não o queremos! Separamo-nos d’Ele e entregamo-nos ao demônio! Fugimos do nosso amigo e buscamos nosso carrasco!... Nós pecamos, afundamos na lama. E quando estamos dentro desse atoleiro, não sabemos mais sair dele. Se fosse por causa da nossa fortuna, saberíamos muito bem evitar esse mau passo; mas como se trata de nossa alma, ficamos nele...

Vamos nos confessar muito preocupados com a vergonha que sentiremos. Acusamo-nos às pressas. Dizem que muitos se confessam, mas poucos se convertem. Acho que é assim mesmo, meus filhos; é que poucos se confessam com lágrimas de arrependimento.

Vejam: a lástima é que ninguém reflete. Se disséssemos àqueles que trabalham aos Domingos, a um jovem que tenha dançado duas ou três horas, a um homem que sai bêbado de um cabaré: “O que acabaste de fazer? Acabaste de crucificar Nosso Senhor!”, eles ficariam espantados: é que não tinham pensado nisso.

Meus fllhos, se pensássemos nisso, ficaríamos horrorizados; seria impossível fazer o mal. Pois o que nos fez o bom Deus para que O entristecêssemos assim, para fazê-Lo morrer de novo, Ele, que nos resgatou do inferno? Seria bom que todos os pecadores, quando fossem para seus prazeres culpáveis, encontrassem no caminho, como São Pedro, a Nosso Senhor, dizendo-lhes: “Vou para o mesmo lugar aonde vais, para ser crucificado de novo”. Talvez isso os fizesse refletir.

Os santos compreenderam como é grande o ultraje que o pecado faz a Deus. Houve muitos que passaram sua vida a chorar seus pecados. São Pedro chorou a vida inteira; chorava ainda, quando morreu. São Bernardo dizia: “Senhor! Senhor! Fui eu quem te pregou na Cruz!”.

Com o pecado, desprezamos o bom Deus, crucificamos o bom Deus! É uma desgraça que se percam almas que custaram tantos sofrimentos a Nosso Senhor!... Que mal nos fez Nosso Senhor para o tratarmos assim?... Se os pobres condenados pudessem voltar à terra!... Se estivessem em nosso lugar! . . .

Ah, como somos insensatos! O bom Deus chama-nos para junto d’Ele e nós fugimos. Ele quer nos fazer felizes e não fazemos caso de Sua bondade. *Ele quer que o amemos e damos nosso coração para o demônio.* Utilizamos para nos condenar um tempo que nos foi dado para que nos salvemos. Fazemos guerra contra Ele com os meios que nos deu para servi-Lo!...

Quando ofendemos o bom Deus, se olharmos para o nosso crucifixo, ouviremos Nosso Senhor dizer-nos, no fundo de nossa alma: *“Tu queres também colocar-te ao lado dos Meus inimigos? Queres crucificar-Me de novo?”.

* Ponham os olhos sobre Nosso Senhor pregado na Cruz, e digam para si mesmos: *“Eis o que custou a Nosso Senhor a reparação das injúrias que meus pecados fizeram ao bom Deus!...”.* Um Deus que desce à terra que desce à terra para ser vítima de nossos pecados, um Deus que sofre, um Deus que morre, um Deus que suporta todos os tormentos por querer carregar o peso de nossos crimes!...

*À vista da Cruz, compreendemos a malícia do pecado e o ódio que devemos ter por ele.* Olhemos para nós mesmos; vejamos o que devemos fazer para reparar nossa pobre vida...

É lamentável! O bom Deus nos dirá na hora da morte: “Por que Me ofendeste, a Mim que tanto te amei? 

”Ofender o bom Deus, que somente nos fez o bem! Contentar o demônio, que somente pode nos fazer mal!... Que loucura!

Não é de fato uma loucura poder experimentar desde esta vida as alegrias do Céu, unindo-se a Deus pelo amor, e querer tornar-se digno do inferno, aliando-se ao demônio?... Não é possível compreender essa loucura: só é possível lamentá-la. Parece que os pobres pecadores não querem aguardar a sentença que os condenará à sociedade dos demônios; eles condenam-se a si mesmos.

O paraíso, o inferno e o purgatório têm uma espécie de antecipação nesta vida. O purgatório, nas almas que não estão mortas para si mesmas; o inferno, no coração dos ímpios; o paraíso, no coração dos perfeitos, que estão bem unidos a Nosso Senhor.

 



Catequeses - São João Maria Vianney, o Santo Cura d'Ars


 



 
 

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