Padre Santo




Reflexões
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20/07/20
REVELAÇÕES DE MARIA A IR. JOSEFA MENENDEZ




 
 
Revelações de N. Senhora à Ir. Josefa Menendez
 
 
 
Sim - diz Ela - foi verdadeiramente neste dia que a alegria plena e sem mistura começou para Mim, pois durante toda a Minha vida, Minha alma foi traspassada por um gládio.
 
Perguntei-Lhe - escreve ingenuamente Josefa - se a presença do Menino Jesus, tão pequeno e tão lindo, não Lhe tinha dado muitas consolações.
 
Escuta filha - continua a Virgem - desde a infância, Eu tive conhecimento das coisas divinas e das esperanças colocadas na vinda do Messias. Quando o Anjo Me anunciou o Mistério da Encarnação e Eu Me vi escolhida para a Mãe do Salvador dos homens, Meu Coração, embora em grande submissão à vontade de Deus, foi mergulhado numa torrente de amarguras. Pois Eu bem sabia tudo o que a terna e divina Criança deveria sofrer, e a profecia do velho Simeão apenas confirmou Minhas angústias maternas.
 
Podes, por aí, imaginar quais seriam os Meus sentimentos, contemplando os encantos de Meu Filho, Seu semblante, Suas mãos, Seu pés, todo o Seu Ser, sabendo que haveriam de ser cruelmente maltratados.
 
Beijava-Lhe os pés e já os contemplava cravados na Cruz. Cuidava-Lhe da linda cabeleira , e já a via coberta de Sangue , emaranhada nos espinhos da Coroa.
 
Beijava-Lhe as mãos e parecia que Meus lábios já se ensopavam com o Sangue que um dia havia de jorrar de Suas feridas.
 
E, quando em Nazaré, Ele deu os primeiros passos e correu para Mim com os bracinhos abertos, não pude reter as lágrimas, pensando nos braços estendidos sobre a Cruz, em que Ele morreria.
 
Quando chegou à adolescência, reunia em Si tal conjunto de beleza que ninguém O podia contemplar sem admiração...Sómente Meu Coração de Mãe ficava apertado, pensando nos tormentos cuja repercussão Eu já sofria de antemão...
 
Depois do afastamento dos três anos de Vida apostólica, as horas da Paixão e da Morte, foram para Mim o mais terrível martírio.
 
Quando no terceiro dia O vi ressuscitado e glorioso, a provação mudou, é certo, de aspecto, pois Ele já não podia sofrer. Mas, quão dolorosa e triste seria a separação!
 
Consolá-Lo, reparar as ofensas dos homens, seria então Meu único alívio. Que longo exílio, entretanto! Que ardor subia de Minha alma para o Céu...Como Eu suspirava pela hora da Minha eterna união! Que vida sem Ele!...Que luz misturada de treva!...Que união desejada!...e como Ele tardava a vir!...
 
Foi no momento de chegar aos setenta e tres anos que Minha alma passou como um relâmpago da terra para o Céu. No fim do terceiro dia, os Anjos vieram buscar o Meu Corpo e o transportaram em triunfo de júbilo, para o reunir à Minha alma...
 
Que admiração, que adoração e que doçura, quando os Meus olhos viram, pela primeira vez na Glória e na Majestade, no meio do exército angélico, o Meu Filho!...o Meu Deus!
 
E que dizer, filha, da admiração que Me empolgou à vista de Minha extrema baixeza coroada de tantos Dons e cercada de tantas aclamações!...
Finda toda mistura de tristeza! Tudo é Suavidade, tudo é Glória e tudo é Amor!...
 
A Santíssima Virgem Se exprimiu com entusiasmo, dirá mais tarde Josefa, entretanto, um reflexo de humildade envolvia cada palavra Sua. 
Ela Se calou por um instante, mergulhada na lembrança de Sua magnífica entrada no Céu. Depois, baixando Seu olhar profundo: Tudo passa, filha - diz Ela - e a beatitude não tem fim. Sofre a ama: Meu Filho há de coroar brevemente teus esforços e labores. Nada temas. Ele e Eu te amamos!
 
E depois de mais algumas recomendações maternais: fica-Lhe sempre fiel, nada recuses. Abre-lhe o caminho com teus pequeninos atos, pois Ele virá em breve. Coragem, coragem! Generosidade e Amor! O inverno da vida é curto e a primavera será eterna!
 
 
Do Livro: APELO AO AMOR - MENSAGEM DO CORAÇÃO DE JESUS AO MUNDO - pag. 540
 




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