Padre Santo




Homilias Dominicais
  • Voltar






16/10/09
18º Domingo do Tempo Comum




18º Domingo do Tempo Comum

                       

“22º Domingo no Exílio” 

                                                                                                      Domingo, 02 de Agosto de 2009. 

     Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é Convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém! Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve! 

      Amados! Como é bom agradecermos ao Senhor! E elevar o nosso coração a Ele, ao celebrarmos os Santos Mistérios. Agradeçamos ao Senhor, nosso Deus, porque nunca nos deixais faltar à Sua Providência. Proclamou essa experiência os nossos antepassados na fé, quando da travessia no deserto, ao publicarem as Maravilhas do Senhor... Pois Deus lhes deu o Maná, o Pão do Céu: “E o Senhor disse a Moisés: Eis que eu vou fazer chover para vós pães do céu; saia o povo, e colha o que baste para cada dia” (Ex 16, 4). Sim! Os nossos pais foram alimentados com o Maná, que o Senhor, por meio de Moises, fez cair do Céu. Mas nós, o novo Israel de Deus - enquanto peregrinamos, no deserto da nossas vidas - somos Alimentados pelo Verdadeiro Maná, que desceu do Céu, Jesus mesmo! Supliquemos: “... Senhor, dá-nos sempre desse pão: E Jesus disse-lhes: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim, não terá jamais fome; e o que crê em mim, não terá jamais sede” (Jo 6, 34-35). Não sejamos como os israelitas, que mesmo recebendo o auxílio do Céu, murmuravam contra o Senhor e contra Moisés. E nós sabemos que hoje a situação não é muito diferente!... Mas apenas agradeçamos ao Senhor, tamanha dádiva! 

      Queridos filhos! Uma das primeiras tentações da nossa fraqueza é nos impacientarmos, e nos inquietarmos, com as provas e lutas que experimentamos. Os israelitas viram a Mão Poderosa de Deus que os tirou da terá da escravidão, e mesmo assim, murmuraram contra o Senhor. Nós recebemos a dádiva divina que o Senhor nos comunica – com Sua Presença perene em nossas vidas -, mas mesmo assim nos afastamos do Seu amor, da sua Presença. Fazemos como o povo de Israel, no tempo de Jesus, que O procuravam não porque viram os sinais, mas, porque comeram pão e ficaram satisfeitos. Mas hoje Jesus nos exorta, através da Sua Palavra, assim como fez com a grande multidão, que O seguiam: “Mestre, quando chegaste aqui? Respondeu-lhes Jesus e disse. Em verdade, em verdade vos digo: Vós buscais-me, não porque viste os milagres, mas porque comestes dos pães, e ficastes saciados. Trabalhai não pela comida que perece, mas pela que dura até à vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará” (Jo 6, 25b-27). Agradeçamos todos os dias, filhos, a graça de recebermos o “Pão dos Anjos”, o Alimento imperecível – A Sagrada Eucaristia – que do Altar do Senhor penetra os nossos corações, e toda a nossa existência. Pois Ela nos transforma na imagem d’Aquele que recebemos. Ele é o Alimento “que dura até à vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará” (Jo 6, 27b).  

      Meus amados! Escutando a Palavra do Senhor e a graça que Ele nos comunica, deixemo-nos formar por este dom tão precioso, a Sua presença dentro de nós. Pois a Palavra de Deus é como um fogo que aquece o nosso coração, e nos ajuda a discernir qual a resposta que, livremente, damos ao nosso Deus, que tanto nos ama. Iluminados pelo Dom do Alto, nós devemos renunciar tudo aquilo que nos afasta do nosso supremo Bem, que é Deus, e que está sempre conosco... Pois já fomos revestidos pela graça, pela luz da Sua Palavra, e pela força do Seu Santo Espírito, que age em nós, como nos exorta o Apóstolo São Paulo: “... fostes chamados n’Ele, segundo a verdade que está em Jesus, a vos despojardes, pelo que diz respeito ao vosso passado, do homem velho, o qual se corrompe pelas paixões enganadoras. Renovai-vos, pois no espírito do vosso entendimento, e revesti-vos do homem novo, criado segundo Deus na justiça e na santidade verdadeira” (Ef 4, 21b-24). Para que nos vistamos da roupagem nova da graça – Jesus - é preciso que nos despojemos dos molambos de Adão – homem velho - o qual foi crucificado com todas as suas paixões e idolatrias. Para, verdadeiramente, Ressuscitarmos com Cristo, que é o Penhor da Vida Nova. 

      Queridos filhos! Mesmo seduzidos por esse mundo idólatra e materialista, somos cada vez mais abrasados, pela força do amor de Deus em nós – a graça divina. Ainda somos apegados aos sinais sensíveis, para podermos acreditar na ação de Deus em nossas vidas... Quando o Senhor por tantas vezes, e de tantos modos, fala conosco e nos convida a caminharmos na Sua presença. Caminharmos na presença do Senhor é vivermos a santidade, como nos fala Moisés nos seus Livros... Mas teimosamente, como aqueles que seguiam Jesus, somos tentados a irmos a procura dos milagres, dos sinais: “... Que devemos fazer para praticar obras (do agrado) de Deus? Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra (do agrado) de Deus é esta: que acrediteis naquele que ele enviou. Mas eles disseram-lhe: Que milagre fazes tu, pois, para que o vejamos, e acreditemos em ti? Que fazes tu?” (Jo 6, 28b-30). Eis a pergunta dos apóstatas” (daqueles que perderam a verdadeira fé), que só confiam em si mesmos!... Infelizmente, nos dias de hoje também nós ousamos perguntar: Que obra fazes?... Quando sabemos que a Obra de Deus é que todos nós conheçamos a verdade e nos salvemos. Mas o nosso mundo apóstata rejeita a verdade da salvação, deixando-se atrair por fábulas, e pelo prurido de novidades!... Seguem falsos ensinamentos, porque é mais cômodo, e, sendo mais cômodo, não lhes custa abandonar a Doutrina da Verdade – herança dos Apóstolos – para seguirem o falso caminho, e entrar pela porta larga. Mas Jesus nos ensina o caminho da porta estreita, via segura para alcançarmos o Paraíso. 

      Dá-nos, ó Mãezinha, a graça de acolhermos o Mistério de amor - a nós revelados - pela oração que a Vós dirigimos. Afervorai os nossos corações, no desejo, sincero, de seguir os passos do Seu amado Filho. Sei que não é uma escolha fácil, mas dá-nos a graça necessária para alcançarmos este bem que desejamos... Acolheste em Vosso Coração, e em Vosso seio, o Verbo Eterno de Deus, e oferecestes a nós, tão extraordinária graça! Pois o Vosso Amado Filho assim o fez, quando convidou a grande multidão a se aproximarem do Seu Coração, para se Alimentarem da Sua Santa Presença: “E Jesus disse-lhes: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim, não terá jamais fome; e o que crê em mim, não terá jamais sede” (Jo 6, 35). O’ Mãe, que sejamos agora e sempre saciados dessa dádiva do Céu, Seu Amado Filho Jesus, Real e Substancialmente Presente na Eucaristia. Obrigado Mãezinha. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!  

      Coração de materno, Coração Eucarístico: console a nossa fraqueza, com a fortaleza de Deus! 
 
 

                   “A Eucaristia é, na verdade, a alma da piedade e o centro da religião cristã, à qual se referem todos os seus mistérios e leis. É o mistério da caridade, pelo qual Jesus Cristo, dando-se a nós, nos enche de graças dum modo tão amoroso quão sublime”. 

                                             (São Francisco de Sales, Filotéia, pg. 139). 
     
     
     

    Eu vos abençôo, 

    Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

    Pe. Tarciso.




Artigo Visto: 2960