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12/02/15
PROTEÇÃO DAS SANTAS ALMAS




Proteção das santas almas
 
 
Mons. Louvet, na sua obra “Le purgatoire d’ápres les revélations des Saints”, narra um fato pro­digioso da proteção das almas aos que a elas socor­rem com sufrágios.
 
Um padre italiano, Luiz Monaci, religioso dos Clérigos Menores, era um fervoroso devoto das al­mas.
 
Em toda parte e em todas as ocasiões procura­va meios de ajudar as benditas almas sofredoras.
 
Em uma noite teve de viajar e atravessar sozinho uma planície deserta e perigosa, porque, infestada de bandidos e salteadores, haviam já tirado a vida a muita gente para roubar.
 
Pelo caminho, o bom Pa­dre não perdia tempo: ia recitando piedosamente o rosário de Maria pelas almas do Purgatório.
 
Ao avis­tar de longe o pobre Sacerdote sozinho e desprovido de armas, um grupo de bandidos se preparou para o assaltar e puseram-se de emboscada.
 
Qual não foi o espanto de todos quando ouviram o soar de trombetas e um grupo de soldados que marchava armado ao lado do Padre.
 
Aterrorizados, esconderam-se os bandidos; pensaram em soldados que os vinham prender.
 
Viam, entretanto o Padre muito tranquilo a caminhar, recitando o rosário.
 
Entrou este numa hospedaria próxima.
 
Enquanto o padre ceava, dois bandidos curiosos se aproximaram e perguntaram curiosos: 

— Que Padre é este que anda acompanha­do pelas estradas de soldados que o protegem?
 
— Aqui não chegou soldado algum e este Padre nunca andou assim em viagem...
 
Os bandidos, furiosos, procuraram entrar em pa­lestra com o Sacerdote e perguntaram-lhe do bata­lhão que o escoltava.
 
— Meus filhos, eu ando sozinho pelos caminhos. Só tenho um companheiro, o meu rosário, que recito sempre pelas santas almas do Purgatório para que elas me protejam.
 
— Pois bem, meu Padre, confessa um bandido, estas almas vos salvaram. Somos bandidos e estávamos na estrada prontos para vos despojar e matar. E só não o fizemos porque um batalhão vos seguia pela estrada, e, aterrorizados, fugimos e viemos aqui curiosos saber do que se trata. Cremos que as almas das quais sois tão devoto vos salvaram da morte.
 
Os bandidos, tocados pela graça, ali mesmo de joelhos pediram perdão dos pecados e confessaram-se humildemente.
 
Pe. Rossignoli e outros autores contam inú­meros casos de proteção das santas almas em favor dos seus benfeitores.
 
Na verdade, mesmo nas coisas temporais, os de­votos caridosos que nunca se esquecem de socorrer as benditas almas do Purgatório, podem contar com uma proteção segura da divina Providência em to­das as circunstâncias difíceis, porque Deus sempre recompensa esta grande caridade.



Do Livro "Tenhamos compaixão das pobres almas" Mons. Ascânio Brandão


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