Padre Santo




Testemunhos
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18/11/09
O PADRE E A BATINA




 

O PADRE E A BATINA

Estimado senhor Arnaldo, meus comprimentos em Jesus e Maria Santíssima.

Muito obrigado pelos livros e os óleos, chegaram hoje mesmo, também fico muito contente de receber suas orientações, seus conselhos, pois sei que necessitamos uns dos outros para enxergar melhor a vontade do Senhor. Daí que nos passados e-mails  tratava de expor minha situação, e como me encontro num lugar tão frio  pelas coisas de Deus.
 
Li o artigo "A Dom X" e concordo plenamente em sua totalidade, pois estamos vivendo uma situação lamentável, onde às vezes não reconhecemos a Igreja do Senhor. Sofro de ver a situação do clero, a decadência dos sacramentos, a influência protestante em nossas celebrações, o trato tão indigno que se da ao Santíssimo Sacramento, esquecido, solitário, abandonado num canto da Igreja, manipulado sem respeito e muitas vezes até profanado na distribuição da Comunhão. Os nossos ministros não têm nenhuma preparação eucarística e não tomam cuidado na sua distribuição onde partículas caem no chão, são pisadas, profanadas. As imagens desapareceram em boa parte das nossas Igrejas, quando elas nos ajudam a lembrar a nossa caminhada à santidade; há falta de testemunho dos nossos Sacerdotes.
 
 Falando com o nosso Vigário Geral nestes dias, ele dizia que  se não levamos nosso distintivo como padre, a batina, é justamente porque não temos identidade sacerdotal, nos envergonhamos de nossa veste sagrada, não queremos aparecer como ministros do Senhor. E depois a batina, como veste sagrada, exige de nós um comportamento adequado, digno e coerente, e isso é incompatível com nossas atitudes. Daí que muitos preferem justificar o não uso da batina dizendo que é melhor estar com o povo e que ela nos afasta do povo, impede o nosso trabalho ministério, mas não é isso, é a falta de identidade sacerdotal.
 
Fui transferido e deixei o carro na paróquia, onde sempre acostumei a colocar um santinho, um adesivo, geralmente de Jesus Misericordioso e de Nossa Senhora, pois o padre tirou tudo isso e quem me fez observar isso foi um jovem  da paróquia. Isto me levou a observar os carros dos padres e num congresso onde tínhamos muitos carros passei a observar um por um para ver os que tinham algum sinal, algum adesivo, talvez um terço pendurado, e fiquei assustado porque eram bem poucos os que traziam algum sinal religioso, algum adesivo. O mesmo padre jovem me disse que eles preferem não ter  sinal de Igreja para andar e entrar livremente por todas partes sem ser identificados como Sacerdotes ou pessoas religiosas.
 
Que tristeza! Mas essa é a realidade. Como podemos  reclamar quando as autoridades proíbem os Cristos nas paredes dos estabelecimentos públicos, se nós os Sacerdotes temos vergonha de levar  um adesivo religioso em nossos carros? Perdemos todo direito. Só Deus na sua Misericórdia pode reverter essa situação. A oração será nossa força e nossa arma para vencer todos esses males.
 
Em Jesus e Maria,

Padre S.I.T. 
 




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