Padre Santo




Reflexões
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17/03/16
JESUS SE PREPARA




 

JESUS SE PREPARA

 

Há almas que meditam Minha Paixão, mas são muito poucas as que pensam na preparação de Minha vida pública: Minha solidão!

Os quarenta dias que passei na encosta do monte, foram os dias mais angustiosos de Minha vida, porque os passei completamente só, preparando Meu Espírito para o que viria: sofri fome, sede, desânimo, amargura. Sabia que, para esse povo, Meu sacrifício seria inútil, pois que Me negaria. Nessa solidão, percebi que nem Minha nova doutrina, nem Meus sacrifícios e milagres, poderiam salvar o povo judeu, que se tornaria deicida.

Ainda assim, deveria cumprir Meu dever, a missão divina. Deveria deixar Minha semente primeiro e morrer depois. Que triste é isto, sob a perspectiva humana!

Eu também fui homem e senti dificuldades e angústias. Percebi que estava muito sozinho! Mortifiquei Meu corpo com o jejum e Meu Espírito com a oração. Pedi por toda essa humanidade que não Me conheceria, que Me sacrificaria tantas vezes.

Fui tentado como qualquer outro mortal e Satanás nunca sentiu tanta curiosidade de saber quem era o homem que permanecia em tanta solidão e desamparo.

Pensai em tudo que tive que padecer para salvar o homem, para poder reinar em seu coração, para tornar possível sua entrada no reino de Meu Pai.

 

A CEIA PASCAL

 

Agora, vamos ao relato de Minha Paixão... Relato que dará glória ao Pai e santidade a outras almas eleitas...

A noite antes de ser entregue foi plena de alegria pela Ceia Pascal, inauguração do eterno Banquete, no qual o ser humano deveria tomar assento para alimentar-se de Mim.

Se Eu perguntasse aos cristãos: "O que pensam desta Ceia?", seguramente muitos diriam que é o lugar de suas delícias, mas poucos diriam que é a Minha delícia... Há almas que não comungam pelo deleite que experimentam, mas pelo deleite que Eu sinto. São poucas, pois as demais só vêm a Mim para pedir dons e favores.

Eu abraço a todas as almas que vêm a Mim porque vim á terra para fazer crescer o amor nas almas que abraço. E como o amor não cresce sem dificuldades, assim Eu, pouco a pouco, vou retirando a doçura para deixar as almas em sua aridez; isto, para que jejuem de seu próprio deleite, para fazê-las compreender que devem ter sua atenção voltada para outro desejo: o Meu.

Por que falais de aridez como se fosse um sinal de diminuição de Meu amor? Esquecei-vos de que, se não dou alegria, deveis provar vossa aridez e outras penas?

Vinde a Mim, almas, mas não penseis senão que sou Eu quem de tudo dispõe e quem vos incita a buscar-Me. Se soubésseis quanto aprecio o amor desinteressado e como ele será reconhecido no Céu! Quanto se rejubilará a alma que o possui!

Aprendei de Mim, queridas almas, a amar unicamente para agradar a quem vos ama... Tereis doçuras e muito mais do que renunciais; tereis tanta alegria quanto Eu vos fiz capazes de ter. Sou Eu quem vos preparou o Banquete. Eu sou o alimento. Como então posso fazer-vos sentar à Minha mesa e deixar-vos em jejum? Eu vos prometi que quem se alimenta de Mim não terá jamais fome... Eu Me sirvo das coisas para vos revelar Meu amor. Segui os chamados que fazem Meus Sacerdotes, que aproveitam a ocasião desta festa pascal para conduzir-vos a Mim, mas não vos detenhais no humano, caso contrário fareis cessar o outro objetivo desta festa.

Ninguém pode dizer que Minha Ceia se fez seu alimento quando experimenta apenas doçura... O amor cresce, para Mim, à medida em que, cada um se abandona a si mesmo.

Muitos Sacerdotes o são porque Eu quis fazê-los Meus Ministros, não porque Me sigam de verdade... Orai por eles! Deveis oferecer a Meu Pai a dor que senti quando, no Templo, lancei por terra os bancos dos mercadores e repreendi os Ministros de então por terem feito da casa de Deus uma reunião de usurários.

Quando Me perguntaram com que autoridade Eu fazia isso, senti uma dor ainda maior ao comprovar que a pior negação de Minha Missão vinha justamente de Meus Ministros.

Por isso, orai pelos Sacerdotes que cuidam de Meu corpo por costume e por isso mesmo com muito pouco amor...

Logo sabereis que eu devia dizer-vos isto, porque vos amo e porque prometo, a quem orar por Meus Sacerdotes, a remissão de toda pena temporal devida. Não haverá Purgatório para quem se aflige por causa dos Sacerdotes tíbios, mas o Paraíso imediato depois do último suspiro.

E agora, voltai a deixar-vos abraçar por Mim, para receberdes a vida que vos dei a todos, com infinita alegria.

Aquela noite, com infinito amor, lavei os pés de Meus Apóstolos, porque era o momento culminante de apresentar a Minha Igreja ao mundo. Queria que Minhas almas soubessem que, mesmo quando estão carregadas dos maiores pecados, não são excluídas das graças. Que estão ao lado de Minhas almas mais fiéis; estão em Meu coração, recebendo as graças de que necessitam.

Que angústia senti naquele momento, sabendo que em Meu Apóstolo Judas estavam representadas tantas almas que, reunidas a Meus pés e lavadas muitas vezes com Meu Sangue, haviam de perder-se! Naquele momento, quis ensinar aos pecadores que não é por estarem em pecado que devem se afastar de Mim, pensando que nunca serão amados como antes de pecar. Pobres almas! Não são estes os sentimentos de um Deus que derramou todo Seu Sangue por vós.

Vinde todos a Mim e não temais, porque vos amo. Lavar-vos-ei com Meu Sangue e ficareis tão brancos como a neve; afogarei vossos pecados na água de Minha Misericórdia e nada será capaz de arrancar de Meu coração o amor que vos tenho.

Minha amada, Eu não te elegi em vão: responde com generosidade à Minha eleição; sê fiel e firme na fé. Sê mansa e humilde, para que outros saibam, quão grande é Minha humildade.

 

 

Revelações particulares feitas por Jesus Cristo à Confidente colombiana Catalina Rivas, sobre os fatos de Sua Paixão, Crucifixão e Morte na Cruz.

 




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