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22/10/12
A IGREJA URUGUAIA EXCOMUNGA POLÍTICOS




“A vida não é algo que se possa decidir por maiorias e minorias.

Se um católico vota (uma lei) com tal intenção manifesta, ele se afasta da comunhão da Igreja”.

 

 Os políticos uruguaios que votaram a favor da despenalização do aborto,

estão excomungados de forma “automática”, anunciou ontem o secretário da Conferência Episcopal do Uruguai (CEU), Monsenhor Heriberto Bodeant, que indicou que isso ocorria porque eles promoveram práticas “contrárias à vida”.

Para a Igreja, com a aprovação da lei, o Uruguai retrocedeu em matéria de valores humanos. Além disso, Bodeant disse que “a vida não é algo passível de plebiscito, que se possa decidir por maiorias e minorias”.

Portanto, a Igreja não participará da convocação para uma consulta popular, como promovem alguns legisladores do Partido Nacional. No entanto, se o mecanismo for ativado, tomarão uma posição, que poderá ser recomendar ou não a votar.

A Igreja manifestou também em comunicado sua “profunda dor e rechaço” à lei que despenaliza o aborto.

“Orgulhamo-nos de ser um dos primeiros países que aboliu a pena de morte; hoje nos entristecemos por ser o segundo país de América Latina a legalizar o aborto”, disse.

“A excomunhão automática é para quem colabora na execução de um aborto de maneira direta, e fazer este ato concreto é uma maneira direta (…) Se um católico vota (uma lei) com tal intenção manifesta, ele se afasta da comunhão da Igreja”, explicou Bodeant.

Quanto ao comportamento que a Igreja terá logo que o presidente José Mujica promulgar a lei, ele indicou que será o de anunciar a “valorização da vida”. “É um trabalho que aponta para o fortalecimento da lei escrita no coração de cada pessoa”, manifestou.

Legisladores da oposição e organizações sócias lançaram, na quinta-feira, uma comissão para analisar a melhor forma de revogar a norma que despenaliza o aborto até 12ª semana de gestação.

“Uma parte da sociedade não vai aceitar a lei e vamos trabalhar pelos mecanismos que contribuam para revogá-la”, disse o líder do opositor Partido Nacional, Carlos Iafigliola, um dos porta-vozes da Comissão Nacional Pró-Revogação da Lei do Aborto.

As possibilidades a serem analisadas pela comissão incluem a interposição de recursos de inconstitucionalidade da nova lei, apelar à Corte Interamericana de Justiça, alegando que a lei violenta o Pacto de San José de Costa Rica, e a coleta de assinaturas para convocar um referendum sobre a norma.



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